Conheça mais sobre o Aedes aegypti e como se proteger do aumento de número de casos no estado
Embora a dengue não seja nenhuma novidade, o aumento significativo do número de casos neste ano é uma grande preocupação para os gaúchos. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que 90% das cidades do estado estão infestadas pelo mosquito transmissor e cerca de 28000 casos e 35 óbitos pela doença já foram confirmados até 21/05/2022. Como podemos agir para frear essa disseminação?
É preciso conhecer a dengue para saber como evitá-la
A dengue é uma doença viral predominante em regiões tropicais e subtropicais, onde as condições climáticas favorecem o desenvolvimento e a proliferação dos mosquitos da espécie Aedes aegypti, vetores responsáveis pela transmissão da doença. Por isso, a dengue é uma doença muito comum no Brasil. O clima é um fator muito relevante para a reprodução dessa espécie, sendo o outono a época mais propícia por suas temperaturas elevadas somadas a chuvas frequentes. Portanto, o cuidado deve ser redobrado nesse período do ano.
O mosquito Aedes aegypti é de coloração escura e possui listras brancas, sendo menor do que os mosquitos comuns. As fêmeas depositam seus ovos em locais com água limpa, geralmente em recipientes que armazenam água da chuva, como garrafas vazias, pneus, calhas, entre outros e ainda, podem procurar locais naturais, como bromélias, bambus e buracos de árvores.
Transmissão e sintomas:
A transmissão da dengue é feita pela picada da fêmea do Aedes aegypti, que precisa de sangue para fazer a maturação de seus ovos, preferencialmente o sangue humano. Costumam ter comportamentos diurnos, atacando pela manhã e final da tarde. Diferente do coronavírus, não é uma doença contagiosa, ou seja, não é possível transmitir de pessoa para pessoa. Até o momento, foram registrados quatro tipos de dengue no Brasil: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. Isso significa que uma mesma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes ao longo da vida, já que não é possível ser infectado pelo mesmo vírus novamente. Mas especialistas advertem: a reinfecção aumenta o risco de se ter complicações em decorrência da doença.
Seus principais sintomas são: febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dos articular, dor muscular, mal estar e vermelhidão na pele. De forma menos frequente, podem aparecer problemas gastrointestinais, como enjoo e diarreia. Caso você perceba esses sintomas, procure auxílio médico imediatamente.
Dicas de prevenção contra dengue:
1. Elimine focos de água parada
– Descarte embalagens de vidro, plástico ou metal em lixeira fechada;
– Mantenha a caixa d’água tampada, assim como tonéis, latões ou qualquer recipiente que esteja exposto à chuva;
– Guarde pneus velhos sobre abrigos;
– Mantenha ralos, canos, calhas, toldos e marquises sempre desentupidos;
– Cubra vasos e pratos de plantas com areia para não acumular água;
– Mantenha a piscina limpa o ano inteiro;
– Limpe com frequência os potes de água de pets;
– Retire o excesso de água de bromélias, babosas e outras plantas que podem acumular.
2. Proteja-se: em épocas de maior incidência de casos da doença, algumas ações para evitar a aproximação do mosquito podem ajudar. Dentre o uso frequente de repelente, o uso de roupas de manga comprida e instalação de telas protetoras nas janelas de casa podem ajudar no controle da disseminação da doença.
3. Fique atento aos espaços públicos: é dever das autoridades e de agentes da ár
ea da saúde fazer a vistoria de focos de dengue em espaços públicos. Alguns exemplos de locais para se ter atenção são terrenos baldios com lixo acumulado, ferros-velhos, pracinhas e parques. Caso você note algum local com as características de um potencial foco, contate a prefeitura da sua cidade.
4. Espalhe informação: ações educativas a respeito de como evitar a proliferação do Aedes aegypti são essenciais para conscientizar o maior número de pessoas e, assim, trabalhar em conjunto para evitar os focos de reprodução. Converse com quem você conhece sobre essas ações e incentive outros a fazerem o mesmo.
A prevenção é responsabilidade de todos!
Determinadas épocas do ano contribuem para uma maior incidência da dengue, porém, esses grandes picos de transmissão podem ser atenuados se mantivermos ações básicas de prevenção em nossa rotina. Agir apenas em períodos de surtos só traz resultados a curto prazo. Devemos tornar a batalha contra o Aedes aegypti uma tarefa cotidiana, para assim diminuir o impacto da doença permanentemente.
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